Antes que a dança sóbria atravesse versos surdos
e acasos à deriva.
Antes que os abismos aconteçam
e descanse a minha vergonha.
Antes que desmaie o tempo
que entardeça as horas e se apague a música.
Antes que eu confesse o medo e costure a chama
ante meu ventre em flor.
Antes que eu me deite em rede e descanse em sono
e nunca mais cantigas de amor.
Antes que essa trégua exploda em fim
E eu não me responsabilize pelas minhas primaveras.
Chegue mais perto, cale a palavra em minha voz.
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