domingo, 31 de julho de 2011

Meia noite em Paris

Mulher na Janela - Salvador Dalí

Déjame por un instante, sumergirme en la locura de los artistas. Olvidar las reglas que impone el hombre para no transgredir todo aquello que conocemos. No le temo a la aventura de vivir en un mundo surrealista porque mi espíritu, no conoce otra verdad que la me eleva hasta las fronteras de lo imposible. El día que deje de soñar, mándame flores blancas. (Salvador Dalí)


Ontem Jack me contou sobre um tempo em que eu era prostituta e irmã. Escrevíamos a vida espontaneamente, tudo era vivo e fluído como o jazz e os estudantes se observavam construindo adágios de amor para que finalmente os pensamentos se esparramassem partidos através das praças e libertassem o infinito. E nós nos aventurávamos para além das trincheiras e dançávamos apenas - mundanos, boêmios, vadios. Com as pernas e os caminhos e os desejos intrincados. Dois serafins entusiasmados com as cidades antigas, experimentando carícias corruptas e escolhendo sonetos secretos na estação. As mentiras desabavam sobre nós como num maravilhoso delírio quixotesco. Jack questionou se não seria essa a hora de me desvencilhar destes moinhos.
- Continuo lutando, Jack, continuo lutando. E eles são gigantes. E nós somos loucos – ou poetas.


Interlúdio:


Nenhum comentário:

Postar um comentário